domingo, 18 de abril de 2010

Que agricultura ...


Os agricultores e a economia distrital está em agonia, não só pelos efeitos da crise internacional desencadeada pelo actual sistema socioeconómico e financeiro, como pretendem fazer querer, mas em grande medida, as causas assentam nas políticas inadequadas às especificidades da agricultura nacional e regional, adoptada pelas maléficas políticas agrícolas dos governos do centro direita do PS, PS/CDS, PSD, PSD/CDS (bloco central de interesses) que, ao longo de mais de 3 dezenas de anos, nos colocaram numa situação, não muito longe, da total dependência alimentar face ao exterior. Para o comprovar existe a balança de pagamentos.
O processo de liquidação da agricultura no Alto Minho começa de facto, após a 1ª etapa de integração de Portugal, na então, designada Comunidade Económica Europeia (CEE). Na medida em que, um dos governos de Cavaco e Silva, a troco de milhões, queima a 2ª etapa, comprometendo o futuro do sector, visto que tanto a primeira, como a segunda se destinava a reestruturar a nossa agricultura, fortalecê-la, perante as agriculturas europeias. Mas, a opção dos partidos à direita  incluindo o PS, sujeitaram os nossos interesses: - aos da agro-indústria; - do agro-negócio e das agriculturas mais ricas do norte da Europa. Incentivando-nos inicialmente, a produzir em regime intensivo (produzir muito em pouca terra), depois recomendaram-nos o modo de produção extensivo (produzir pouco em muita terra) e finalmente com a última reforma da PAC, introduziram o regime de pagamento único, desligando completamente as ajudas da produção, induziram-nos a não produzir, a “abandonar” a agricultura. Políticas aceites, sempre como se tratasse de grandes feitos para Portugal. Passadas dezenas de anos, assistimos escandalizados às preocupações extemporâneas do ex-primeiro ministro Cavaco e Silva com défice e com a soberania alimentar como se tal estádio da agricultura lhe fosse alheia.

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