Bruxelas, 22 Abr (lusa) - O Eurostat validou hoje, no Luxemburgo, a notificação feita por Portugal em março que reportava um défice orçamental de 9,4 por cento do PIB e uma dívida pública de 76,8 por cento em 2009.
Portugal teve no ano passado o quinto maior défice orçamental da União Europeia numa lista encabeçada pela Irlanda (-14,3 por cento do PIB) e que a seguir tinha a Grécia (-13,6), Reino Unido (-11,5), Espanha (-11,2).
A Grécia foi o único Estado-membro que notificou dados que o departamento responsável pelas estatísticas dos 27 emitiu uma "reserva" relacionada com "incertezas" no excedente dos fundos da segurança social em 2009, na classificação de algumas entidades públicas e na inscrição de algumas operações nos mercados de capitais.
Os défices orçamentais e as dívidas públicas da totalidade dos países da zona euro (16) e da UE (27) aumentaram em 2009 em comparação com o ano anterior.
Na zona euro os défices aumentaram de 2 por cento do PIB em 2008 para 6,3 em 2009 e na UE de 2,3 para 6,8.
Portugal viu o desequilíbrio das suas contas públicas evoluir de -3,9 por cento do PIB em 2006 para -2,6 em 2007, -2,8 para 2008 e -9,4 em 2009.
Por seu lado, a dívida pública seguiu a evolução do défice, de 64,7 por cento do PIB passou para 63,6 em 2007, 66,3 em 2008 e 76,8 em 2009.
Todos os Estados-membros comunicam (reportam) à Comissão Europeia e ao Eurostat duas vezes por ano, até finais de março e de setembro) os últimos dados disponíveis das suas contas públicas.
FPB /LUSA.
1 comentário:
Que folhetim ! ...
Pelos vistos, de nada serviu todo manancial de medidas obsessivas de combate ao défice. O mais paradoxal do folhetim foi, a forma como o governo Sócrates / PS, enganou Portugueses e enfrentou uma dura oposição de diversos sectores, fazendo querer que, ele estava certo. Então agora perante dados irrefutáveis (do estádio económico e financeira do nosso país) o que é que nos vai dizer? - que temos que apertar ainda mais o cinto - que temos que flexibilizar ainda mais as leis laborais - que temos que continuar a perder direitos sociais e políticos (perder a gratuitidade da saúde, da educação e garantias asseguradas pela constituição ?) - que temos que rever a constituição e dar cabo do que resta de substancial da Revolução de Abril. Não! não contem connosco. Em devido tempo vão ter o que merecem.
ecvitor
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