quinta-feira, 22 de abril de 2010

Portugal teve défice de 9,4% e dívida pública de 76,8% em 2009 - Eurostat

Bruxelas, 22 Abr (lusa) - O Eurostat validou hoje, no Luxemburgo, a notificação feita por Portugal em março que reportava um défice orçamental de 9,4 por cento do PIB e uma dívida pública de 76,8 por cento em 2009.

Portugal teve no ano passado o quinto maior défice orçamental da União Europeia numa lista encabeçada pela Irlanda (-14,3 por cento do PIB) e que a seguir tinha a Grécia (-13,6), Reino Unido (-11,5), Espanha (-11,2).

A Grécia foi o único Estado-membro que notificou dados que o departamento responsável pelas estatísticas dos 27 emitiu uma "reserva" relacionada com "incertezas" no excedente dos fundos da segurança social em 2009, na classificação de algumas entidades públicas e na inscrição de algumas operações nos mercados de capitais.

Os défices orçamentais e as dívidas públicas da totalidade dos países da zona euro (16) e da UE (27) aumentaram em 2009 em comparação com o ano anterior.

Na zona euro os défices aumentaram de 2 por cento do PIB em 2008 para 6,3 em 2009 e na UE de 2,3 para 6,8.

Portugal viu o desequilíbrio das suas contas públicas evoluir de -3,9 por cento do PIB em 2006 para -2,6 em 2007, -2,8 para 2008 e -9,4 em 2009.

Por seu lado, a dívida pública seguiu a evolução do défice, de 64,7 por cento do PIB passou para 63,6 em 2007, 66,3 em 2008 e 76,8 em 2009.

Todos os Estados-membros comunicam (reportam) à Comissão Europeia e ao Eurostat duas vezes por ano, até finais de março e de setembro) os últimos dados disponíveis das suas contas públicas.
FPB /LUSA.

domingo, 18 de abril de 2010

Que agricultura ...


Os agricultores e a economia distrital está em agonia, não só pelos efeitos da crise internacional desencadeada pelo actual sistema socioeconómico e financeiro, como pretendem fazer querer, mas em grande medida, as causas assentam nas políticas inadequadas às especificidades da agricultura nacional e regional, adoptada pelas maléficas políticas agrícolas dos governos do centro direita do PS, PS/CDS, PSD, PSD/CDS (bloco central de interesses) que, ao longo de mais de 3 dezenas de anos, nos colocaram numa situação, não muito longe, da total dependência alimentar face ao exterior. Para o comprovar existe a balança de pagamentos.
O processo de liquidação da agricultura no Alto Minho começa de facto, após a 1ª etapa de integração de Portugal, na então, designada Comunidade Económica Europeia (CEE). Na medida em que, um dos governos de Cavaco e Silva, a troco de milhões, queima a 2ª etapa, comprometendo o futuro do sector, visto que tanto a primeira, como a segunda se destinava a reestruturar a nossa agricultura, fortalecê-la, perante as agriculturas europeias. Mas, a opção dos partidos à direita  incluindo o PS, sujeitaram os nossos interesses: - aos da agro-indústria; - do agro-negócio e das agriculturas mais ricas do norte da Europa. Incentivando-nos inicialmente, a produzir em regime intensivo (produzir muito em pouca terra), depois recomendaram-nos o modo de produção extensivo (produzir pouco em muita terra) e finalmente com a última reforma da PAC, introduziram o regime de pagamento único, desligando completamente as ajudas da produção, induziram-nos a não produzir, a “abandonar” a agricultura. Políticas aceites, sempre como se tratasse de grandes feitos para Portugal. Passadas dezenas de anos, assistimos escandalizados às preocupações extemporâneas do ex-primeiro ministro Cavaco e Silva com défice e com a soberania alimentar como se tal estádio da agricultura lhe fosse alheia.